SOBRE NÓS
A ideia de uma associação para ajudar crianças e jovens timorenses germina entre 1999 e 2002. Tem origem nos trágicos acontecimentos do pós-referendo de 1999 e das marcantes imagens de famílias inteiras refugiadas nas montanhas. O Ministério da Educação português encaminha os nossos contactos para o enclave de Oecusse onde, mesmo à data da independência, pouca ou nenhuma ajuda chegava. Tomámos conhecimento com as Irmãs Franciscanas da Divina Providência vindas de Fátima. Identificado no terreno um interlocutor fiável e estável nasce então, em 2004, a Associação Por Timor que começa a estabelecer programas de apoio ao trabalho das Irmãs no terreno. Chegadas a Oecusse em abril de 2002 as Irmãs Franciscanas da Divina Providência construiram o Centro Social de Nossa Senhora de Fátima (CSNSF) onde acolhem crianças e jovens de Padiae, onde se situa o Centro, mas também de sucos (equivalente a freguesia) próximos. Estas crianças recebem refeições diárias e acompanhamento pós-escolar e social. O Centro funciona como ponto de contacto à lusofonia.
A Associação Por Timor pretende promover o contacto entre crianças e jovens portugueses e timorenses usando a lusofonia como ponto de partilha. Se as necessidades materiais em Oecusse são muitas, é importante para os jovens portugueses avaliarem e compararem as diferenças para melhor se construirem como cidadãos civicamente responsáveis. Ao longo dos anos a Associação Por Timor tem trabalhado, em Bruxelas, promovendo recolhas de material escolar e de ajuda à educação sanitária, organizando eventos de recolha de fundos envolvendo voluntários de todas as faixas etárias, mas especialmente crianças e jovens. Pretende-se que estes movimentos sejam enriquecedores para ambos os lados. Desde 2007 um programa de apadrinhamentos tem apoiado cerca de 45 crianças que frequentam a Missão em Padiae (ver Programa de Apadrinhamentos). Em 2012 abraçámos o programa “Uma casa para o Oecusse” que identifica famílias numerosas e pobres atingidas por doenças endémicas, como a lepra ou a tuberculose, para as quais são construídas casas simples mas dignas no intuito de quebrar o ciclo da promiscuidade e da miséria (ver programa “Uma casa para o Oecusse”)
Quem somos?
Somos um grupo de “gente de boa vontade”, com vontade de dar de si. Somos pais, professores, alunos, cidadãos anónimos que não querem ser indiferentes. Somos um grupo de cidadãos com vontade de intervir civicamente nas relações entre Portugal e Timor.
O que temos?
Temos para dar energia e entusiasmo, imaginação e criatividade. Temos vontade de partilhar o que temos, de reunir o que cada um pode dar para ajudar a construir um futuro melhor para a juventude.
O que queremos?
Queremos crescer enquanto cidadãos solidários, partilhar projetos entre gerações, despertar vontades novas de olhar para Timor como um país irmão que quis ter o português como língua materna, contra toda a lógica geográfica. Queremos que junte o seu entusiasmo ao nosso, junte à nossa a sua boa vontade e a sua energia para sermos todos melhores!